Após pressão das Forças Armadas e protestos pelo país, o presidente da Bolívia, Evo Morales, que recentemente venceu a eleição, renunciou ao cargo. Em pronunciamento anunciando a renúncia, ele disse: “Dói muito que nos tenham levado ao enfrentamento”.
No início do dia, o líder havia convocado novas eleições e pedido que as tensões se reduzissem no país. Entretanto, o contrário aconteceu e o clima de embate só aumentou. O comandante das Forças Armadas, Williams Kaliman, chegou a pedir, neste domingo, 10, em pronunciamento na televisão, que Evo renunciasse.
A tensão na Bolívia teve seu estopim com enfrentamentos entre apoiadores de Evo e opositores que o acusam de ter fraudado a eleição. Essa parte opositora ganhou força quando as forças policiais lhe aderiram, recusando-se a tomar ações de repressão contra esses protestantes.
O presidente avaliou tudo como uma tentativa de golpe de Estado. Os enfrentamentos nas ruas causaram três mortes e deixaram mais de 300 feridos.