A Prefeitura de Nova Venécia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seme), nos dias 31 de maio e 1º de junho, representada pela secretária Municipal de Educação e pela professora da EMEF Profª Maria Rodrigues Leite, Juliete de Oliveira Silva Araujo, esteve em Brasília a convite do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios, para participar do Seminário de apresentação dos resultados da pesquisa Alfabetiza Brasil e de uma pesquisa complementar sobre a fluência leitora no 2º ano do Ensino Fundamental, na sede do Inep, nos dias 31 de maio e 1º de junho. Em todo país, 100 professores do ciclo de alfabetização foram selecionados para responder a esta etapa da pesquisa.
Na última quarta-feira (31), o Inep apresentou aos municípios convidados os resultados coletados até o momento em âmbito nacional. A pesquisa Alfabetiza Brasil levou à definição de um padrão associado a habilidades básicas de leitura e de escrita que foram desenvolvidas por um estudante alfabetizado, próximo do que é, hoje, estabelecido pelos sistemas de avaliação de estados e municípios.
Os estudantes considerados alfabéticos são aqueles que leem pequenos textos, formados por períodos curtos e localizam informações na superfície textual, produzem inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal, como em tirinhas e histórias em quadrinhos, escrevem, ainda, com desvios ortográficos, textos que circulam na vida cotidiana para fins de uma comunicação simples convidar, lembrar algo, por exemplo. Os estudantes são leitores/escritores iniciantes quando interagem de forma mais autônoma principalmente com os textos que circulam na vida cotidiana e no campo artístico literário, em práticas de leitura e de escrita, características do letramento escolar.
No dia 1º de junho, Nova Venécia respondeu à pesquisa sobre fluência em língua portuguesa, complementando os resultados da pesquisa inicial, e participou da formação básica sobre a elaboração de itens de avaliação, seguindo a metodologia do Banco Nacional de Itens (BNI), utilizada em diversas avaliações nacionais, entre elas o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A metodologia poderá ser muito proveitosa para a elaboração de itens de avaliações formativas em nível local, no âmbito da colaboração interfederativa para a melhoria da alfabetização.
A professora Juliete relatou sobre a importância de participar da pesquisa. “Aos professores participantes foram apresentados áudios para análise do perfil leitor/escritor dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental, quando a alfabetização da criança deve estar consolidada. Foi uma experiência única estar entre profissionais tão competentes do nosso país, para contribuir com decisões tão sérias como o desenvolvimento de políticas públicas para alfabetização. Um momento ímpar para minha carreira”, disse a alfabetizadora.
A pesquisa Alfabetiza Brasil foi conduzida pelo Inep para definir um padrão nacional de alfabetização das crianças ao final do 2º ano. Pelas condições territoriais e diversidade cultural, os estados brasileiros adotam diferentes padrões do que consideram ser uma criança alfabetizada. O esforço do Governo Federal é dar suporte às políticas do MEC para promover a alfabetização. O estudo buscou elementos que definissem um padrão avaliativo a ser utilizado no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com foco na compreensão, em termos qualitativos, sobre quais tarefas um aluno do 2° ano do ensino fundamental, devidamente alfabetizado, é capaz de realizar.
A secretária Municipal de Educação atribuiu a participação de Nova Venécia no Seminário à clareza dos objetivos e metas presentes do Plano de Ação da Seme. “Poder apresentar ao MEC sugestões como Currículo alinhado à BNCC, material didático, formação de professores e assessoramento pedagógico como ações integradas que vão subsidiar a construção da política que está sendo organizada para todos estados é muito gratificante para nós, pois acreditamos que só assim o sucesso dos alunos e a alfabetização vão acontecer de verdade na sala de aula. Falamos também das dificuldades e dos desafios existentes. A vinda da nossa professora, representando todos os alfabetizadores, deu visibilidade ao empenho dos profissionais, ela pôde expor como vem trabalhando e acreditamos que fomos ouvidos”, enfatizou a secretária.