Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Wando Baraldi e Bruna Monfardini formam o único registro no Brasil de pai e filha trabalhando juntos na corporação.
O ditado popular é firme em dizer que “filho de peixe, peixinho é”, sugerindo que alguma habilidade, comportamento ou profissão pode ser herdada dos pais. E no que depender dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Wando Baraldi, de 66 anos, e Bruna Monfardini, de 34, a crença popular se confirma. Eles formam o único registro no Brasil de pai e filha trabalhando juntos na instituição.
Bruna e Wando atuam no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-101, em Linhares, no Norte do Espírito Santo.
“Da minha parte, é um prazer tê-la conosco trabalhando como profissional. Durante nossos trabalhos eu a trato como colega, mas em casa é filha”, disse o pai.
Bruna também não esconde o orgulho em dividir a mesma profissão com o pai.
“É um prazer dividir a minha vida pessoal e profissional com o meu pai. É algo diferente, ainda mais em uma carreira policial, o que torna tudo mais especial. A gente faz de tudo para estarmos sempre juntos pelas rodovias do país”, contou Bruna.
Escolha da profissão
Além da admiração pela PRF, a convivência diária com o pai foi outro motivo para Bruna escolher a carreira.
“Tive muitos exemplos, experiências e histórias que ele me contava. Por viver isso de perto no meu dia a dia, fui criando em mim uma curiosidade e uma vontade de estar aqui um dia dividindo o serviço com ele”, disse a agente da PRF.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/X/b/W3LAqrSSmo2Tg6FWVZCg/4.png)
Bruna contou que fez o concurso para agente da PRF pela primeira vez em 2013, mas foi reprovada na prova física, o que ela acredita ter sido uma coincidência, já que o pai também ficou reprovado na mesma fase anos antes, quando tentou entrar na instituição pela primeira vez em 2002.
A agente disse ainda antes de trabalhar com o pai no Espírito Santo, trabalhou em Marabá, no Pará.
Nas redes sociais, a Bruna não esconde o orgulho em trabalhar com o pai. Em um vídeo publicado no Instagram, Bruna disse que, quando era criança, queria usar as roupas da mãe, mas quando cresceu passou a usar o mesmo uniforme de Wando, compartilhando, inclusive, equipamentos do dia a dia de trabalho, como boné e joelheira.
“Orgulho e admiração. Além do conhecimento institucional, ele tem muitos anos de vivência na profissão, uma bagagem cheia de histórias e situações que são compartilhadas diariamente comigo e que agregam muito no meu exercício profissional.”
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/Y/B/EZJnijQd2Ku8B2pqSUPQ/2.png)
A convivência diária, no entanto, tem data para chegar ao fim. É que Wando ingressou na PRF em 2005 e disse que já está aguardando a aposentadoria, que ocorrerá em 2024.
Segundo Bruna, a aposentadoria do pai é um dos motivos para ela aproveitar ao máximo a convivência com ele no trabalho.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/K/L/9PmyNVQueoWj0govK2DA/pai-e-filha-7.jpg)
“O coração está apertado, mas espero que até lá a gente ainda possa dividir muitos momentos juntos pelas rodovias do Brasil”, finalizou Bruna.
Exemplo
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/u/v7Y6FAQnOIXl0iYNk7NA/5.png)
Segundo o inspetor da PRF Eduardo Costa Negro, o exemplo de Wando e Bruna deixará um legado na instituição.
“Temos muito orgulho em ter uma geração de uma família dedicada à polícia, a salvar pessoas e combater o crime. Traz um legado, no sentido de que a missão da polícia continua”, contou.