Quem vê o portfólio da PH Drone, nascida em 2016, não imagina que por trás de tanto trabalho está um jovem que acabou de completar 24 anos. Mas é isso mesmo. Paulo Henrique Mascarenhas Santos criou o MEI aos 18 anos para prestar serviços a uma empresa de segurança e encontrou no empreendedorismo a forma de pagar a faculdade de Direito.
Quando tudo começou, ele recebeu treinamento da empresa e, aos poucos, descobriu a habilidade para pilotar os aparelhos. Com o trabalho, adquiriu o primeiro drone e, após uma parada durante o estágio, se reinventou na pandemia e passou a compartilhar o conhecimento, ensinando pilotagem de drones em aulas virtuais e presenciais.
Claro que nem tudo foi fácil. A resiliência fez Paulo Henrique virar o personagem de janeiro nas inserções do VAE na Rede Globo e Globo News.
“Aprendi basicamente tudo. Quando você empreende, não utiliza apenas uma área de conhecimento, utiliza várias: comunicação, administração, finanças, economia. É preciso estudo constante. O mercado não para, ainda mais o tecnológico”, afirma.
O jovem empreendedor tem hoje quatro drones na sua empresa (chegou a ter sete) e dois funcionários. Ele chegou a vender o único drone que tinha e a deixar a empresa “em off” por um período. Ao ser desligado do estágio, diante da necessidade, retomou as atividades.
“Pensei: o que sei fazer de melhor é pilotar drone. Vou voltar, e vou voltar com tudo. Comprei um drone, fiz um curso de empreendedorismo e marketing e criei uma página nas redes sociais”, conta.
Paulo Henrique fez a propaganda dele, trabalhou alguns meses para a Rádio CBN, como piloto cinematográfico, e viu o negócio deslanchar. Além de atrair clientes, notou que havia muita gente interessada em pilotagem e, diante da oportunidade, passou a dar cursos de pilotagem, do básico ao profissional.
Com o passar dos anos, enquanto prestava serviços pela empresa e estudava Direito, Paulo Henrique identificou que as duas áreas se cruzavam mais do que ele imaginava, e a paixão por drones foi levada para a vida acadêmica. No Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), discorreu sobre a constitucionalização do uso de drones pela segurança pública.
Hoje, além de dar aulas, fazer filmagens aéreas para obras, fotos e vídeos para inspeções, entre outros serviços, ele presta consultorias.
“Quando uma empresa vai usar um drone, por exemplo, me contrata para saber altura, percurso…”, conta, lembrando que há diversas leis para garantir, especialmente, segurança e privacidade.
Para pilotar também há uma série de exigências. Não basta comprar um drone por hobby, por exemplo, e sair pilotando por aí.
“Precisa ser cadastrado na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e fazer solicitação de voo ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA)”, explica.
A ideia é estudar cada vez mais e colaborar para a questão, fora ou dentro do meio acadêmico. Em relação ao empreendedorismo, o desejo é o mesmo: estudar e crescer constantemente.