O entregador Mário César Gadiol, de 30 anos, preso por ser suspeito de ter matado o pedreiro Aloísio da Silva Bandeira na Serra, confessou o crime à polícia e disse que cometeu o assassinato porque descobriu que a vítima havia estuprado a filha dele.
O crime aconteceu na terça-feira (6), no bairro Novo Horizonte, e era investigado, inicialmente, como latrocínio: roubo seguido de morte, pois a mochila dele foi levada. Aloísio morreu após ser atingido na nuca por um tiro, a caminho do ponto de ônibus.
Segundo a advogada, o suspeito descobriu que Aloísio estuprou a filha dele quando a menina tinha oito anos de idade.
“Ele disse que a filha dele que ficava na casa da esposa de Aloísio, que era babá. Quando ela se ausentava, ele violentava e abusava sexualmente das crianças, inclusive da filha dele. Esse crime foi há 4 anos, quando ela tinha 8 anos, mas ela nunca tinha falado. Agora, com 12 anos, ela começou a se cortar, se retraiu muito, e revelou para a madrasta em uma conversa particular, que ela teria sido estuprada pelo Aloísio”, revelou.
Quando ficou sabendo da informação, o entregador não procurou a polícia. Ele foi até o bairro e buscou colher informações com vizinhos e comerciantes sobre possíveis abusos sexuais praticado pelo pedreiro contra crianças.
“Um vizinho confirmou que sim, que já tinha ouvido falar que ele abusava de crianças. E acometido de muita emoção, ele se dirigiu até o local que ele se encontrava e cometeu o crime por causa do estupro da filha dele. Acredito que ele não premeditou esse crime, ele foi ao bairro porque queria ter certeza de que a informação era verdadeira. Com essa corroboração dos vizinhos, ele teve certeza que a filha foi estuprada”, explicou Petri.
Agora, a advogada disse que está em contato com outras vítimas do pedreiro para confirmar a versão do suspeito do assassinato.
“Uma dessas crianças que foi estuprada por ele está em Rondônia e nós estamos fazendo um levantamento de que tinham outras crianças sob os cuidados dessa babá e foram vítimas desse crime”, disse.