Com as mudanças na legislação nacional e estadual que regulam o mercado do gás natural, o Espírito Santo poderá ter a maior usina termelétrica da América Latina. O projeto está previsto para ser construído no Centro Portuário São Mateus, da Petrocity. A usina termelétrica deve ter uma potência de 1.836 gigawatts, e o investimento previsto é de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,56 bilhões).
Na fase de construção, estão previstas até 2.500 vagas de emprego. Já a operação da termelétrica vai precisar de 700 empregados fixos em diversas áreas. Quando inaugurada, a usina terá capacidade maior do que a termelétrica Porto de Sergipe I, que foi inaugurada esta semana em Barra dos Coqueiros, com capacidade de gerar 1,5 gigawatts.
Conforme explicou o diretor da Badin Energia, Ronaldo Badin, responsável pelo projeto, a termelétrica terá três módulos geradores de 600 MW cada, e o início das obras depende de dois fatores: a aprovação da nova regulação do mercado do gás natural e os leilões de energia do governo federal, previstos para o ano que vem.
“O nosso cronograma depende dos leilões do governo, já que essa energia vai entrar no grid nacional de distribuição. Vamos usar cerca de 6 milhões de m³ de gás por dia, e hoje não há legislação para isso”, disse Ronaldo.
O empreendimento já tem o Termo de Referência dos estudos de impacto ambiental, e agora aguarda a licença final do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A previsão é de iniciar as obras até o final de 2021.
Segundo o diretor, a termelétrica poderá ser abastecida por navios gaseiros, pelo gasoduto Cacimbas-Catu ou, ainda, comprando gás direto das petroleiras que atuam em plataformas no litoral.
As obras devem durar até quatro anos, e entre as empresas avaliadas para o projeto está a japonesa Mitsubishi, que fornecerá as unidades geradoras. “Pode ser que contratemos a Mistubishi para toda a obra, ou pode ser que forneça só as ilhas de potência. Mas 90% da mão de obra será local”, disse Badin.
Fonte: A Tribuna