O dono de uma clínica de estética de São Mateus, foi preso em Governador Valadares, Minas Gerais, suspeito de abusar sexualmente de clientesdurante os procedimentos no estabelecimento.
O dono da clínica, de 38 anos, se apresentava como massoterapeuta formado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), mas a instituição não confirmou o título.
As investigações apontaram que o homem também aplicava golpes financeiros nos clientes. Ele foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais no dia 18 de fevereiro.
A investigação começou pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, depois que uma vítima procurou a polícia e relatou ter sido abusada sexualmente durante um procedimento na clínica. Os abusos teriam acontecido no final de 2022.
A partir da denúncia, a polícia conseguiu identificar seis pacientes vítimas do suposto massoterapeuta. Entre elas está uma menor de idade, de 17 anos. As demais têm entre 18 e 20 anos.
Entre os relatos colhidos pela polícia, vítimas contaram terem sido acariciadas nas partes íntimas durante a massagem.
O suposto massoterapeuta também teria introduzido os dedos na genitália das vítimas, além de encostar a própria genitália nelas.
Em uma das denúncias, a vítima chegou a dizer que não havia sido abusada, mas após a fuga do suspeito, ela mudou de versão, confirmou os abusos e disse ter sido ameaçada pelo dono na clínica.
Segundo a polícia, a maioria das vítimas não se conhece, mas têm relatos semelhantes.
O suposto massoterapeuta era natural de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo, e também era dono de uma clínica na cidade. A polícia investiga se ele também cometia os abusos no local.
O dono da clínica teve a prisão decretada em janeiro deste ano, mas fugiu ao saber do mandado. Desde então, estava escondido na casa de parentes em Governador Valadares.
Com a clínica fechada, clientes passaram a denunciar o homem por estelionato, já que não houve restituição dos valores do pacotes contratados.
Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, o dono da clínica não confessou os crimes e disse que realizava os procedimentos normalmente.