O país que hoje é sede dos Jogos Olímpicos de 2020, há 76 anos, foi atingido por uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta 6ª feira (6.ago), as vítimas da cidade de Hiroshima foram homenageadas em todo o Japão.
Em 1945, às 8h15 de 6 de agosto, um avião militar dos Estados Unidos lançou uma bomba atômica sobre a cidade japonesa. A explosão da bomba e os raios de calor e radiação emitidos por ela devastaram a cidade. Cerca de 140 mil pessoas morreram até o fim do mesmo ano. Muitos dos sobreviventes da bomba — kibakusha em japonês — desenvolveram câncer e doenças relacionadas à alta radiação.
Na cidade de Hiroshima, 800 pessoas participaram da cerimônia em homenagem aos mortos, número reduzido por conta da pandemia da covid-19. O prefeito da cidade, Matsui Kazumi, colocou uma lista com 328.929 nomes das vítimas no cenotáfio — monumento fúnebre — e realizou um discurso apoiando o desarmamento nuclear dos países.
Os Jogos Olímpicos não realizaram pausa ou homenagem nesta 6ª, pois o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, não aceitou o convite do prefeito de Hiroshima para que atletas se juntassem ao minuto de silêncio em Tóquio.
O presidente do COI respondeu que as homenagens as vítimas de trágicos acontecimentos da história vão ser realizadas na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, marcada para o próximo domingo (8.ago). No dia 9 de agosto, a homenagem vai ser para as pessoas mortas na segunda bomba atômica lançada em 1945, às 11h02, na cidade de Nagasaki, ao sul do Japão.